Para Sempre ou Nunca Mais

Aeee finalmenteee!!! Juro pra vocês que eu achei que não ia conseguir terminar de ler esse livro esse mês ainda – e olha que ele só tem 171 páginas! Tive que dar aquela forçada de barra, carregando o livro para tudo que é lado, mas consegui terminar.
Diz a sinopse:

Philip Marlowe está sendo pago para seguir uma ruiva um tanto melancólica chamada Eleanor King. Ou seria o seu nome verdadeiro Betty Mayfield? Ou a sra. Kinsolving? E qual a conexão entre ela e o homem cujo poderoso e perturbador cruzado de direita Marlowe tem o desprazer de experimentar? Mesmo em uma aprazível cidadezinha como Esmeralda, não faltam detetives particulares, tiras e demais intrometidos para dificultar a solução de um caso – e não tardará até que o incontornável senso de justiça de Marlowe o coloque mais uma vez em apuros. Ao menos, a confusão toda envolve uma loira de olhar provocante e com um longuíssimo par de pernas…

Não sei nem por onde começar a falar desse livro, para ser bem sincera. É pra ser um romance policial noir, e essa foi uma das razões pelas quais eu achei que esse livro ia ser uma leitura fácil, rápida e divertida. Ledo engano.

Segundo a Wikipédia, o noir é um gênero do romance policial em que “(…) os detetives nesse tipo de história, costumam beber, brigar, se envolver em romances e sexo. Também existem outras tramas paralelas (…)“. Aparentemente, Raymond Chandler é um dos grandes expoentes do gênero, e dá para entender porque, já que todos esses elementos estão na trama, que é toda contada a partir do ponto de vista do Philip Marlowe, um detetive particular que é contratado para seguir uma ruiva por metade dos EUA.

Philip Marlowe é razoavelmente simpático – não morri de amores por ele, não me apeguei a ponto de torcer por ele na trama, mas gostei o suficiente para acompanhá-lo por suas aventuras. Como detetive, ele é tipo um primo pobre do James Bond – mesma pose, cenários menos glamurosos –  o que eu achei divertido e mais verossímil.

O meu maior problema é que eu simplesmente detestei Eleanor King/Betty Manfield. De cara, achei ela uma chata insuportável que só fica de mimimi o livro inteiro e por mim o Philip Marlowe poderia ter deixado ela para ser atropelada por um trem na Grand Central Station logo no primeiro capítulo. Como consequência, a história dela não me interessou nem um pouco – só que ela é o pivô na história, com todos acontecimentos importantes girando em volta dela e dos segredos que ela esconde.

Talvez tenha sido minha antipatia com a Betty e minha indisposição de descobrir mais sobre ela que tenham tornado o livro tão chato para mim – mas o fato é que eu também não gostei da maneira como o mistério do romance se revela. Ou não se revela, no caso. Explicando melhor: Philip Marlowe – e o leitor – passa o livro inteiro agindo no escuro, sem saber da história a metade. O que é IRRITANTE ao extremo, considerando que eu não tinha o menor saco de querer descobrir as coisas por conta própria (mas se você curte fazer isso, recomendo esse livro, porque o Chandler é o tipo de escritor que não te dá nada já mastigadinho).

Enfim, resumindo: tem mérito literário (é bem escrito, a trama é razoavelmente bem amarrada e tal), mas eu não gostei. Acho que a questão toda é se você curte os personagens ou não – quem curtir vai poder aproveitar esse livro muito mais do que eu.


desafiodotigreE esse foi meu primeiro livro lido para o Desafio Literário do Tigre! Janeiro foi o primeiro mês, com o tema Na Estante, e eu escolhi Para Sempre ou Nunca Mais porque tava parado na minha estante desde agosto de 2012! Para fevereiro, o tema é Julgando pela Capa, mas eu ainda não escolhi que livro vou ler hahaha 

2 comentários

  1. Tenho vontade de ler algo do autor e acho essas capas da L&PM bonitinhas, mas não sei se os livros vão me agradar. Por mais que eu goste de tentar descobrir as coisas por conta própria nos livros policias, acho que sou meio burra para isso.

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