Arte

A animação que você precisa ver

Não sou a maior fã de animações (pra ser bem sincera, nem gosto muito), mas me senti na obrigação de compartilhar Out of Sight.

Out of Sight é uma histórinha curtinha sobre como uma menininha cega vê o mundo e tipo, são cinco minutos de pura fofura. Sério. Assistam! Vale muito a pena!

Out of Sight foi criado por Ya-ting Yu com os coleguinhas Yeh Ya-hsuan e Chung Ling como um projeto de graduação na National Taiwan University of Arts. A inspiração óbvia foi o trabalho do animador japonês Hayao Miyazaki, criador do Castelo Animado de Howl e A Viagem de Chihiro, mas o time também usou alguns trabalhos da Disney, como 101 Dálmatas, A Dama e o Vagabundo, e Aladin como inspiração para partes específicas da história.

Fofo, fofo, fofo!!

Como Proust Pode Mudar Sua Vida

Como Proust Pode Mudar Sua Vida” ´é um livro do Alain de Botton, a mente brilhante por trás da School of Life. Estava querendo ler algo dele (sério, qualquer coisa hahaha) desde que vi ele falando no TED Talks e daí quando cheguei na casa da minha amiga e vi que ela tinha esse livro, peguei emprestado na hora!

Diz a sinopse:
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O escritor Marcel Proust (1871-1922), autor do monumental Em busca do tempo perdido, não parece o melhor conselheiro sobre a arte do bem viver. Asmático, dominado pela mãe, incapaz de manter um emprego, com frequência preso à cama graças às mais variadas moléstias, rejeitado pelos editores, Marcel precisou custear a publicação de seu primeiro livro e só teve seus méritos literários plenamente reconhecidos após sua morte.

Com extrema sensibilidade, senso de humor e erudição, o escritor Alain de Botton revela a fonte inesgotável de sábios conselhos para a vida cotidiana que se encerra na biografia, na correspondência e na obra de Marcel Proust. Das relações de amizade ao amor, da expressão dos sentimentos até a importância de se desfrutar o tempo e se deixar os livros de lado, Alain de Botton identifica na vida e obra do autor francês observações sobre a convivência humana, em que desponta o retrato vibrante de um escritor excêntrico, mas adorável, e um poderoso testemunho sobre o poder transformador da literatura.

Em primeiro lugar, não, não li Proust. Mas não acho que isso tenha afetado em nada a minha leitura desse livro. Pelas reviews que eu li por aí, acho que muita gente começando a ler achando que a coisa era meio que uma ode ao Proust, mas na verdade não é. O objetivo do Alain de Botton nesse livro é te ensinar como a literatura de qualidade pode ser uma excelente fonte de auto-ajuda.

Achei genial que ele fosse pegar Proust de todos os autores possíveis, porque Proust é um cara conhecido por ter livros longos e difíceis, e o Alain de Botton desmistifica isso, porque apresenta o autor sem ser pedante – muito contrário, ele é tão didático que parece que estamos tomando uma cerveja no bar com ele (você termina o livro querendo ser brother do Alain, sério hahaha).

E a parte mais “auto-ajuda” do livro, ou seja, os conselhos que o Alain de Botton retira da obra do Proust (aliás, ele resolveu tirar tudo de Em Busca do Tempo Perdido, uma obra monstra de sete volumes que quem tiver fôlego para ler toda automaticamente zera a vida, podendo inclusive colocar isso no CV) nem são ridículas, tipo como saber se eu príncipe é uma cinderela. São coisas simples, conselhos que a sua vó provavelmente te deu em algum momento, mas a grande sacada é que ele te ensina a ver isso nos livros. Dessa forma, acho que podemos dizer que o livro não é uma ode a Proust, mas à literatura como um todo.

Vou terminar anexando aqui uma entrevista que o Alain de Botton deu pro Entrelinhas da TV Cultura, onde ele fala dos vários livros dele. O vídeo é curtinho, mas já deixei arrumadinho para ir direto para a parte onde ele fala do Como Proust Pode Mudar Sua Vida (obg de nada).

A BBC também produziu um documentário sobre o livro, com o Ralph Fiennes (aka Voldemort) interpretando o Proust. Ele tá todo no Youtube (parte 1 aqui), mas não tem legendas e é meio antiguinho, então recomendo ver com calma em um dia que o vizinho não esteja faxinando enlouquecido ao som de Sertanejo Universitário.

É hora de falar de arte! Dalston House

Não sou muito fã de arte contemporânea, porque na maioria das vezes fico sem entender o que estou olhando, mas vi essa instalação no What Katie Does, e achei que valia compartilhar!

Imagem

O nome é Dalston House, e é uma criação do artista argentino Leandro Eirlich. Como o próprio site da instalação (que é parte do Barbican Art Gallery de Londres) diz:

Parecendo-se com um cenário de teatro, a fachada detalhada dessa casa Vitoriana com terraço – lembrando aquelas que um dia enchiam a rua – fica deitada no chão com espelhos posicionados acima. O reflexo dos visitantes dá a impressão que eles estão em cima da casa, suspensos ou escalando a fachada.


Achei ótimo!